sexta-feira, 15 de junho de 2012

ele abriu os olhos. e acolheu todos os sentimentos, mesmo o medo. não queria ficar só. virou o rosto contra o travesseiro, sentindo o contato com a fronha limpa. as lágrimas molhavam o pano, mas eram um consolo. as paredes não riam mais. um sentimento novo encolhia-se dentro dele, em atitude de espera. não sabia dar-lhe nome, mas isso não era essencial. o essencial que estava dentro dele, o novo sentimento — quente, amável — como se apontasse um caminho com o dedo em riste.

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