quarta-feira, 25 de julho de 2012


doía fundo estar perdido na grande cidade, era completamente sem remédio ser só uma pessoazinha machucada.

sábado, 21 de julho de 2012

fim de tarde. dia banal, terça, quarta-feira. eu estava me sentindo muito triste. você pode dizer que isso tem sido frequente demais, ou até um pouco (ou muito) chato. mas, que se há de fazer, se eu estava mesmo muito triste? tristeza-garoa, fininha, cortante, persistente, com alguns relâmpagos de catástrofe futura. (...) depois, um amigo me chamou para ajudá-lo a cuidar da dor dele. guardei a minha no bolso. e fui. não por nobreza: cuidar dele faria com que eu me esquecesse de mim. e fez.

choro quando consigo. (…) não tenho pena de mim, mas por vezes sinto falta de amor. fico sempre muito só.

eu queria ir pra um lugar onde eu tivesse uma sensaçãozinha, ilusória que fosse, de que tinha alguém prestando atenção em mim. achei que era aqui. é? não sei. me enfiei em casa e não saí. um desgosto. leio o tempo todo. sento no jardim. ouço música. tento escrever, mas não sei se quero ou se preciso, e não consigo.